Uma mão cheia de nada - mais uma da Netflix - numa distopia cyberpunk muito bonitinha enquanto pano de fundo mas completamente vã para a história de um empregado de bar mudo que procura, entre travestis e criminosos, o seu amor desaparecido. Esperava-se mais, muito mais de Duncan Jones - "
Moon" e "
Source Code" - do que uma história banal que quase nunca faz sentido quando tenta brilhar ou chocar, ainda para mais assente numa performance de expressividade teatral de Alexander Skarsgård, que raramente entra em sintonia com a câmara ou com o espectador. Salvaram-se as personagens de Rudd e Theroux, ainda assim perdidos numa química confusa cujo objectivo, aposto, nem os próprios entenderam até aos dias de hoje. Mais um "
Blade Runner" de algibeira, sem razão nem talento. Amigos da Netflix, a qualidade pesa mais que a quantidade e, convosco, "mais" tem sido significado cada vez "menos". Vamos lá com calma.
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