A segunda temporada de "
Narcos" tinha à partida o principal problema da primeira resolvido: os mesmos dez episódios cobririam desta vez um período de vida muito mais curto do que toda a ascensão de Escobar ao poder, duas décadas de assassinatos, esquemas e politiquices enfiadas ao barrote na temporada de estreia. Da fuga da Catedral à sua morte passaram apenas dezasseis meses e, por isso, toda a narrativa teve agora tempo para respirar, aprofundar relações - principalmente familiares -, explorar conflitos entre patrões da droga e, com tudo isso, provocar reacções muito mais sentidas e fundamentadas nos espectadores. Cinematograficamente irrepreensível - chega a ter pormenores fenomenais que facilmente passaram despercebidos, como um episódio que começa com Pablo em casa a segurar os sapatos da filha e acaba com um qualquer pai a fazer o mesmo no meio dos destroços de um atentado bombista ordenado por Escobar -, sobrou apenas o desagrado por algumas invenções (a morte de Valeria Velez) e distracções (errarem o nome do clube de futebol de Pablo, do qual até foi dono nos anos oitenta) que colocam a veracidade de tudo o resto em causa. Cheira-me que a terceira temporada, agora sem Escobar, entrará ainda mais na esfera da pura ficção mas, ainda assim, não se deixa material desta qualidade pelo caminho. Até porque já estou num ponto que respondo "
Si, patrón" quando recebo uma chamada do meu pai.
1 comentário:
Sem dúvida um bom trabalho do elenco. As series são os meus passatempos preferidos já que existem produções de diferentes temas como a máfia, Sr. Ávila é uma das melhores series sobre a mafia, em especial é uma das minhas preferidas e quando fiquei sabendo que teria uma nova temporada, não pude esperar para investigar ao respeit. É das melhores que já vi, a história é levada de uma forma perfeita porque mantém o espectador sempre interessado, é uma excelente opção para ver.
Enviar um comentário