Anos e anos num registo cómico muito particular e Jason Bateman nunca me tinha caído no goto. Ora bem, na sombria "
Ozark", o nova-iorquino é o motor - não só no ecrã como atrás dele - de uma série repleta de personagens complexas, momentos tão deliciosos quanto violentos, diálogos extremamente bem trabalhados e um humor negro espelhado num background rural que se funde com o desespero de uma família numa missão aparentemente impossível. Como que um desportivo a diesel, "
Ozark" arranca com moderação mas termina em rendimento máximo, com saloios e mafiosos em pé de guerra, Marty e o FBI num jogo do gato e do rato e, porque não, Ruth a arrasar(-se) em dilemas morais. Esqueçam lá as inúmeras comparações preguiçosas e depreciativas em relação a "
Breaking Bad": no meio de todas as suas metáforas e simbolismos, "
Ozark" brilha por si própria.
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