"
Como Tudo Acaba", produção apocalíptica da Netflix com Forest Whitaker e Theo James nos principais papéis, é como uma daquelas miúdas extremamente bonitas e jeitosas do Instagram, que usam a rede social para se promoverem enquanto modelos com fotografias, histórias e vídeos que nos deixam a pensar como seria a nossa vida se, por algum milagre hormonal, estas se apaixonassem pela nossa triste figura de pai solteiro com barriga de cerveja. A primeira hora vive dessa expectativa delirante, qual mistério repleto de oportunidades e desejos. Depois chega o momento em que as conhecemos: enjoadinhas, julgam que Portugal faz parte de Espanha e preocupam-se mais com o local onde vão arranjar a próxima refeição de açaí com granola do que propriamente em explorar o Kamasutram. Nada do que estávamos à espera, portanto; tal e qual a segunda hora do filme de David Rosenthal, que não faz ideia o que fazer para fazer valer toda a atmosfera que criou. O final, completamente em aberto como se de uma telenovela se tratasse com episódio no dia seguinte, a melhor prova de que a certa altura tudo se perdeu. Esqueçam as nádegas de Deusa; nada como uma mulher culta.
Sem comentários:
Enviar um comentário