Uma história verídica misturada na perfeição com um universo paralelo de fantasia, qual ritual de masturbação artística de um realizador repleto de talento, que homenageia as suas influências como ninguém. Dos pormenores aos pormaiores, tudo em "
Era Uma Vez em... Hollywood" corre a um ritmo irresistível, numa imprudência intrépida e imprevisível, suportada por um elenco de luxo - com destaque ainda assim para DiCaprio - e constantemente confrontada por um estilo tão característico e vibrante que só poderia mesmo vir de um génio como Tarantino. Deleite visual e narrativo, um poema à época dourada de Hollywood, onde tudo podia ser tão doce quanto amargo. O Cinema - assim, com letra grande - de Tarantino é uma homenagem perseverante à arte como meio de escape da realidade e esta poderá ter sido a sua mais bonita carta de amor, uma declaração romântica a uma Hollywood que nunca mais terá o encanto que outrora teve. Venha em formato físico a versão de quatro horas que Tarantino recentemente anunciou; cada segundo conta quando estamos perante os grandes.
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