Comédia negra, drama, thriller e uns salpicos até de momentos de puro terror - aquela imagem do "fantasma" que traumatizou o miúdo quase fez o mesmo comigo. Um cocktail de géneros e emoções numa fábula maravilhosa em torno do choque de classes e de hierarquias sociais, com uma cinematografia ímpar de um realizador virtuoso no auge da sua carreira e uma narrativa tão imersiva quanto - e este quanto é fundamental para o seu impacto - credível. Sátira social em que quase tudo o que acontece nos apanha desprevenidos, num constante ping-pong entre estilos e expectativas, numa epopeia de acontecimentos tão estranhos quanto deliciosos. Um daqueles raros filmes em que sentimos aquela necessidade, qual mecenas ou pastor evangélico, de avisar o mundo da sua existência. Num mundo onde somos obrigados a ter dinheiro e poder para viver - e não apenas sobreviver -, é uma chatice que não existam planos infalíveis. Porque a vida, tal como aprendemos aqui, não pode ser planeada. Remake americanizado quase certo, para mal dos nossos pecados.
1 comentário:
Filme fantastico!
Sem medo de mostrar o lado mais visceral da sobrevivência em que os limites se desvanecem
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