Vai ser esta a nossa heroína; afinal não. Vai ser este o nosso herói; afinal não. É assim, repleto de expectativas defraudadas, que arranca de forma original esta nova reciclagem do conceito de um grupo de desconhecidos numa luta cruel pela sobrevivência, sabe-se lá porquê. Naquele que será provavelmente o filme mais azarado da história recente de Hollywood - primeiro com estreia cancelada após vários tiroteios em massa nos EUA e agora com a nova premiere a acertar em cheio com o encerramento dos cinemas em todo o mundo devido ao COVID-19 -, os guionistas Nick Cuse e Damon Lindelof acabam por levar "
The Hunt" para uma esfera de sátira quase sociopolítica, entre direita e esquerda, republicanos e democratas, conservadores e liberais, suavizando a brutalidade de algumas cenas com traços de pura diversão, numa espécie de "
Ready or Not" de 2020 que, por nunca se levar a sério, acaba por funcionar. Hora e meia que passa a voar e que termina numa cena de pancadaria ousada entre Hilary Swank e Betty Gilpin, quase a relembrar um dos melhores duelos da noiva de Tarantino em "
Kill Bill".
Sem comentários:
Enviar um comentário