Interessantíssimo thriller sci-fi (minimalista) de Oriol Paulo, realizador catalão do não menos sensacional "
Contratiempo". Efeito borboleta, viagens no tempo, uma catrefada de referências deliciosas à saga "
Regresso ao Futuro" e, tudo somado, uma narrativa complexa com apontamentos em diversas folhas soltas que, no fim, resultam num delicioso origami, explicado passo a passo, reviravolta após reviravolta, com um sentido de oportunidade e encaixe entre camadas notável. Os espectadores não tombam nas curvas - como é costume quando o conceito envolve viagens no tempo com impacto na realidade - nem no arranque a meio gás e saem altamente recompensados, num filme pensado e realizado ao pormenor, interpretado por um elenco de excepção, com especial e merecido destaque para Adriana Ugarte, que flutua na perfeição entre a mulher alegre e a mãe em sofrimento. Oriol Paulo, tens a minha atenção eterna.
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