sexta-feira, junho 12, 2020

Holiday (2018)

Lixo. Na belíssima Riviera Turca, mas lixo. Percebe-se a ideia conceptual que dá vida ao filme, mas tudo falha rotundamente aqui: a narrativa com um longo princípio que desleixa o meio e o fim, a edição atabalhoada, o olhar misógino que não oferece qualquer desenvolvimento emocional ou sequer racional à sua personagem-chave, portadora e vítima da mensagem que a realizadora quer passar, a cena de violação porque sim, sem dimensões ou camadas extras que justifiquem a repulsa do espectador, comida, comida e mais comida à mesa, para encher hora e meia. E não adianta qualquer comparação à cena suja e angustiante de "Irreversible": aqui interessou o factor visual, estilizado, quase como se de uma filmagem para o pornhub se tratasse. Eis um bom exemplo de como se pode mostrar tudo sem mostrar nada, falar tanto dizendo tão pouco.

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