Documentário de tom divertido e construcção leve que, provavelmente, deveria - por uma questão ética, de respeito às vidas que ali se perderam - e teria funcionado melhor num registo mais sombrio. Ainda assim, irresistível a nostalgia de uma década de excessos, de uma geração de crianças e adolescentes que vivia das brincadeiras na rua, do perigo, das loucuras cometidas nos limites da sanidade física, que hoje seriam de todo impossíveis sem toda uma rede de segurança montada em redor. A crítica ao homem que enganou meio mundo, primeiro em Wall Street, depois ignorando a lei, as autoridades e toda e qualquer regra de segurança na criação deste parque de diversões é amparada pela espécie de louvor capitalista de todo o emprego e desenvolvimento que gerou numa região até então inóspita dos arredores de Nova Iorque, sendo este aspecto mesmo um bom exemplo da ambiguidade moral que invade esta viagem entre imagens de arquivo e testemunhos saudosos de um tempo que nunca mais voltará.
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