Um polícia reformado ultraconservador (De Niro) sofre um enfarte e vê-se obrigado a ter terapia da fala, em formato de aulas de canto, com um drag queen que vive no seu prédio, personagem esta interpretada de forma tão exótica e esteriotipada quanto competente pelo saudoso Philip Seymour Hoffman. Uma mão-cheia de subplots desnecessários - o concurso de beleza de travestis que dá nome ao filme, o embate com a comunidade LGBT republicana, uma espécie de Danny Trejo que controla o negócio todo da droga à procura do que lhe roubaram no edifício, um tipo que toca viola a espaços com rimas terríveis sabe-se lá porquê, as prostitutas/acompanhantes que dançam tango, etc, etc. Uma grande confusão de temas que Joel Schumacher raramente consegue harmonizar num todo coerente, mas que ainda assim resulta numa experiência excêntrica - e desconhecida para a maioria - que permite recordar o melhor e o pior de duas figuras marcantes do meio (Schumacher e PSH) que já não estão entre nós.
Sem comentários:
Enviar um comentário