Comédia feminista de gatilho rápido, liderada por uma tripla de protagonistas - Jane Fonda, Lily Tomlin e Dolly Parton - em constante choque com o chefe misógino (o tremendamente eficaz Dabney Coleman), verdadeiro arqui-vilão da causa. O que hoje parece meio pateta foi na verdade um marco para o género em Hollywood: primeiro filme com preponderância feminina no elenco a passar os cem milhões de dólares na bilheteira e, culturalmente, uma mensagem forte anti-sistema que dava alguma esperança de possíveis mudanças num sistema sócio-económico claramente dominado pelo sexo masculino, originando inclusive uma série televisiva que durou meia década. Nem sempre "
Das 9 às 5" acerta nos riscos que toma - as sequências de sonho e os desenhos animados interlaçados com o real matam um pouco o propósito do projecto -, mas uma música intemporal da aqui estreante (em Hollywood) Dolly Parton e todo um feeling cinematográfico típico dos anos oitenta, onde tudo era possível e credível em tela por mais idiota que fosse dão o tom para quase duas horas de boa disposição.
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