Thriller psicológico com um personagem kafkiano - interpretado pelo próprio Polanski - que se vê fantasmagoricamente possuído pela antiga inquilina do apartamento que aluga em Paris. Demónios autodestrutivos que o apoderam aos poucos - o tabaco, o chocolate quente, as roupas - numa constante alegoria à própria vida de Polanski - o estrangeiro naturalizado que ninguém respeita, a sedução proibida que parte das mulheres e não dele, quase como defesa das acusações que estavam pendentes em tribunal norte-americano das relações sexuais que admitiu ter tido com uma menor e que acabariam por provocar mais tarde o seu exílio -, num filme tecnicamente interessante - os padrões, as sombras, o prédio quase como personagem, as escadarias, a sensação de paranóia - mas narrativamente desconexo, muitas vezes sem rumo, interpretado de forma nem sempre eficaz por Polanski, que culmina num final tão ambíguo como frustrante. Dentro da chamada "trilogia do apartamento", fica claramente a milhas d'"
A Semente do Diabo".
1 comentário:
Não sou fã deste filme. É chato e a narrativa não leva a lado nenhum. E o pior de tudo é mesmo ver o Polanski travestido. Dos piores da carreira dele
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