A segunda temporada de "
Cobra Kai" está longe de ser perfeita: o acting, forçado muitas vezes pela obrigação sentimental de trazer os mesmos protagonistas dos anos oitenta, está longe de ser refinado e a nova season reforça ainda mais uma faceta de telenovela adolescente romântica que raramente convence. Mas, e qual lição que poderia muito bem ter sido dada pelo próprio Mr. Miyagi, é também nestas suas debilidades que a série encontra a força que precisa para continuar: LaRusso e Lawrence não teriam o mesmo impacto nostálgico sem Macchio e Zabka na sua pele, nem esta crise de meia-idade de dois homens com percursos tão diferentes nos diria tanto. Estamos sempre com o mindset no passado, ao mesmo tempo que o coração das personagens aborda questões do presente, do crescimento, do que ganhamos e perdemos ao longo desta caminhada que se chama vida. O episódio de homenagem em vida a um companheiro prestes a perder a luz ao fundo do túnel - faleceu inclusivé antes da estreia - é a melhor prova da natureza extraordinária deste "regresso ao passado" a que nem o cruel Kreese quis faltar.
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