Alguém escreveu no Letterboxd que o Aaron Sorkin é um escritor demasiado genial para ser obrigado a trabalhar com o medíocre do Aaron Sorkin realizador. Um belíssimo
soundbite que talvez ajude a explicar a forma quase apagada, sem grande chama, como (mais) uma história verídica que gravita em forma de luta, injustiças e protesto em torno de direitos civis numa sociedade tão polarizada nos anos setenta como agora acaba por não conseguir cativar por aí além a audiência. Um drama de tribunal sem grande drama, mais focado na irreverência de um dos acusados (Sacha Baron Cohen) ou na prepotência exacerbada de um juiz (Frank Langella) do que propriamente na mensagem que quer passar. Fica a lição de história política, social e cultural, mas fica também a sensação de que a montanha acabou por parir um rato. Aaron Sorkin, continuas a ser o maior, mas não te esqueças que a caneta é mais poderosa do que a espada.
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