Equilíbrio fino e irresistível entre humor e desgraça, entre imaginação fértil e desilusões, entre a inocência de uma criança e a necessidade da mesma ter de amadurecer cedo demais. Como que rir para não chorar, aquele tipo de comédia que tenta fugir à depressão aparentemente inevitável com criatividade e uma realização (e interpretação) fenomenal do neo-zelandês Taika Waititi, repleta de pequenos detalhes - os desenhos de Rocky, os objectos fictícios, as ilusões Jacksonianas - que fazem toda a diferença. Demasiada fofura em Boy e em Ricky - eu também tinha superpoderes quando tinha a tua idade, amigo -, banda-sonora a condizer e um "
Thriller" em modo Haka. Por vezes é simples fazer tanto com tão pouco: basta ter o coração no sítio certo.
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