Vale bem a pena esperar pelos quinze minutos finais de "
Ferro em Brasa", onde o groove esquisito em torno das personagens e uma mão-cheia de cenas sem grande nexo estrutural/narrativo, de personagens que aparecem e desaparecem sem lei nem ordem, explode num arrojado e atrevido plano de fuga de um Walter Matthau irresistível, sedutor e perspicaz, sempre de pastilha elástica na boca. Um dos clássicos muitas vezes esquecido de Don Siegel, culpa talvez da ausência de Eastwood, que vive do carisma de Matthau - mesmo que este tenha admitido publicamente aquando da estreia que não tinha gostado do filme, o que acabou por enfurecer Siegel e prejudicar o retorno na box-office segundo o realizador - e da insolência única de Woodrow Parfrey.
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