Distopia num futuro muito próximo que serve como pano de fundo para uma crítica mordaz à sociedade e às pessoas que giram em torno da(s) igreja(s) católica(s) no Brasil. Mordaz na mensagem, mas demasiado presunçoso na execução, qual Charlie Brooker wannabe que confunde duas ou três boas ideias tecnológicas com todo um mood futurista que nunca cola. Não cola porque perde-se em muitas cenas longas e vazias que nada acrescentam à narrativa mas principalmente pela aposta numa sexualização visualmente exagerada dos enigmáticos caminhos da fé que polvilham as acções da protagonista, como se o choque e a forma fossem mais importantes que o significado tão satírico como desinspirador do conteúdo. Banda-sonora à maneira mas uma oportunidade perdida para pedir aos Ena Pá 2000 para fazer algo em torno da "p*ta da Virgem Maria".
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