segunda-feira, fevereiro 15, 2021

Sherlock, Jr. (1924)

Buster, projeccionista numa sala de cinema, sonha ser detective. Começa a metamorfose da sua personagem logo aí, quando rejeitado pela jovem que ama imagina-se a atravessar o ecrã para resolver o enigma de um filme, como que por magia adaptado aos personagens que o circundam. A realidade e o imaginário de mãos dadas há quase um século, através de técnicas e truques então ousados e inovadores para os meios que existiam, qual teatro ilusionista que desmistificou a imagem enquanto figura imutável ao mesmo tempo que rasgou horizontes. Keaton, o sonhador, o cinéfilo inspirado em Houdini que não acreditava em impossíveis, como mostra o making-of tão valioso e irresistível quanto o filme.

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