Um vaivém espacial sequestrado em pleno voo de transporte às cavalitas de um 747. James Bond em queda livre sem paraquedas, depois de um engate que não correu bem a trinta mil pés de altitude. Jaws de volta, literalmente pronto para o circo. Cães esfomeados por uma Bond Girl, numa das cenas mais sórdidas da saga. Caixões com armadilhas, gôndolas com motor que transformam-se em hoverboards, perseguições náuticas nos canais de Veneza, humor slapstick uma mão-cheia de cenas, com sonoplastia a acompanhar. A Dra. BoaCabeça, porque é cientista da NASA - ou agente da CIA, talvez. Uma viagem de Concorde para o Rio de Janeiro, terra de samba, Carnaval e mulheres bonitas. O Jaws a parar as roldanas de um teleférico com as mãos e a cortar os cabos de aço com os dentes. O Jaws apaixonado pela Pipi das meias - ou mamas - altas. James Bond, o rei do gado, qual António Fagundes
meets Clint Eastwood. Barcos com mísseis e asas-delta nas Cataratas do Iguaçu. Um oásis de mulheres deslumbrantes no meio da selva. Só podia ser armadilha, claro. Uma anaconda e uns guardas com capacetes de boxe amarelos. Um crematório privado nas fundações de um lançamento espacial. James Bond no espaço, rói-te de inveja Toretto. Michael Lonsdale, sem cabelo nem barba grisalha, com um plano para acabar com a vida humana na Terra. Astronautas e cientistas numa batalha de lasers em espaço aberto. Jaws finalmente no lado dos bons, prova de que uma grande paixão pode amolecer o mais metálico dos corações. A essência está toda cá, não percebo tanto ódio.
Sem comentários:
Enviar um comentário