Registo singular - e porque não inesperado - de Zac Efron como Ted Bundy, num filme que tenta evitar a todo o custo o choque e os terrores dos crimes hediondos de um dos assassinos em série mais badalados da história recente norte-americana. Extremamente... morno, como que um drama filmado do ponto de vista da mulher que, mesmo denunciando-o, duvidou sempre que o homem por quem se apaixonou pudesse realmente ter cometido tais atrocidades. O cepticismo e o receio do erro com o propósito de abrir asas à imaginação, algo extremamente difícil de colar no espectador que aqui chegou depois de assistir a um ou mais documentários sobre Bundy disponíveis, por exemplo, no catálogo Netflix. Frustração maior ainda quando uma rápida pesquisa mostra que a cena final que desequilibra completamente a balança moral das personagens é, afinal, uma liberdade criativa muito menos ambígua que o acontecimento real. Batota, senhor Berlinger.
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