"
Fuck me? Fuck you!". Nunca uma expressão de um (anti)herói definiu tão bem um filme quanto a política externa de uma nação tão poderosa quanto os EUA. Tendo em conta a história pessoal do realizador Babak Najafi - refugiado de guerra iraniano -, poucas dúvidas restam que se trata de um retrato insolitamente satírico, montado de forma muita séria, a toda a ideologia política e cultural norte-americana, combatendo fogo com fogo, sendo tão xenófobo e idiota que funciona de forma eficaz em qualquer um dos lados da barricada - o da crítica ou o da exaltação nacionalista. E, como sequela, a verdade é que este "
Assalto a Londres" faz quase tudo bem para satisfazer quem gostou do primeiro: não perde tempo a reapresentar as personagens, parte rápido para a acção desenfreada, convence visualmente no meio de tanta catástrofe e destruição e, melhor que tudo, cria uma dinâmica irresistível entre Butler e Eckhart, agente de barba rija, língua afiada e tomates de aço e presidente cool -
pussy para Banning - dos EUA. Bandeira ao alto, caricatura atrás de caricatura, explosão atrás de explosão. Porra, sabe bem de vez em quando estes heróis filhos-da-mãe com comportamentos moralmente duvidosos.
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