Jordan Peele é o novo Shyamalan. O Shyamalan de 1999 a 2006 claro, o único que contou até ser substituído por um clone, tal e qual o que acontece neste "
Nós". Entertainer nato, tecnicamente irrepreensível na forma como filma e trata o género, sempre com os planos certos e os sons no timing perfeito para moldar a atmosfera e o suspanse em prol de uma experiência cinematográfica tremendamente eficaz e personalizada. Personagens que nos conquistam - dez minutos bastaram para estar a sofrer por aquela família -, cenas de morte cruéis e memoráveis, um papelão de Lupita Nyong e humor de categoria na dose certa para não aparvalhar e retirar-nos daquele ambiente de tensão. Pena que aquele texto logo no arranque estrague logo um dos principais twists da narrativa, num fenómeno que teria resultado muito melhor se não tivesse tido qualquer tipo de explicação. Porque a que teve não convenceu ninguém e transformou todo o puzzle num conceito muito menos aterrador do que o atrevimento e insolência do desconhecido. Ainda assim, Peele, tens a minha atenção.
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