Roberto Baggio: as lesões, o budismo, o infame pontapé de penalty para a lua contra o Brasil em 1994 e a convocatória falhada para o Mundial de 2002. Uma vida e uma carreira notável resumida a quatro tópicos, quatro momentos-chave é verdade, mas ignorando tudo o resto. Sem qualquer conhecimento prévio, qualquer um pensará que Baggio apenas participou num único mundial - e não em três, sendo ainda hoje o melhor marcador italiano na competição -, que não ganhou título nenhum, que não passou pela Juventus, Inter ou Milan, que não se tornou um ícone no recém-promovido Brescia, clube que retirou inclusivamente a camisola dez em sua homenagem. Que não falhou a convocatória a um Europeu devido a problemas pessoais com Arrigo Sacchi e que não marcava livres como poucos o fizeram na história do futebol. Tanto por dizer, tanto por contar, ainda para mais sem recorrer a imagens de arquivo. Soube a pouco, muito pouco.
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