Resposta irritada de Verhoeven aos críticos de cinema holandeses que o consideravam demasiado superficial, "
The 4th Man" está repleto de simbolismos e referências bíblicas - algumas bem ofensivas, como aquela em que Gerard visita uma igreja e visualiza outra personagem crucificada no lugar de Jesus Cristo, começando a despi-lo -, muitas delas, confessou Verhoeven mais tarde, só para agradar e responder a essa faixa mais snob que o avaliava para além dos resultados felizes de bilheteira. Ainda assim, no meio desse tumulto entre realidade e imaginação, Verhoeven mostrou já aqui muitos dos traços que acabariam por se tornar na sua imagem de marca - a nudez, o sexo, a violência e o gore -, abrindo portas a Hollywood ao mesmo tempo que fracassava pela primeira vez nas bilheteiras nacionais. Final ambicioso, com interpretação ambígua, num filme que demora a arrancar mas que, quando mete pé a fundo, é um aperitivo delicioso para o que se viria a tornar o seu posterior "
Instinto Fatal".
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