Numa sociedade totalitária, um homem torna-se um rebelde simplesmente por se apaixonar. Quase como que um daqueles cadernos de resumo amarelos - mas em fita - do clássico literário maior de George Orwell - reconhecemos não só o universo opressivo, sujo e paranoico como uma mão-cheia de momentos do livro -, que consegue passar a mensagem sem, no entanto, capturar e conseguir focar as nuances de linguagem e muitos dos restantes temas centrais do pesadelo Orwelliano - a domesticação das classes médias/baixas e os defeitos dos sistemas educacionais. O fim sem muitos dos meios - as palavras afinal podem valer muito mais do que mil imagens -, numa adaptação ainda assim complexa e desconfortável de uma obra visionária que muitos julgavam ser inadaptável. O Big Brother manda-vos ler o livro; toca a obedecer.
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