Há aqui todo um empirismo sociológico muito interessante em torno da autocracia/monocracia, uma experiência académica cuja mensagem e propósito se revela cada vez mais pertinente nas sociedades contemporâneas. A execução cinemática e prática da ideia está longe de ser perfeita - o final é exagerado, previsível e desnecessário, acabando por personalizar uma conclusão que deveria manter-se grupal -, mas ficam vários tópicos para discussão posterior: a forma como o ser humano é facilmente manipulado, a sua necessidade de liderança, de regras, de seguir uma linha comum, de se sentir integrado. A forma como os problemas - na época do nazismo, o desemprego e a inflação; nesta situação, a desmotivação, o isolamento na escola, a família que não lhes dá atenção em casa - são o combustível perfeito para o fascismo germinar. E como a sensação de poder pode corromper o mais puro dos idealistas, aqui representado pelo professor que finalmente se vê reconhecido por pares e alunos. Olho vivo amiguinhos, já Chega de problemas.
Sem comentários:
Enviar um comentário