Paul Schrader é um pessimista por natureza cinéfila. O que torna o seu cinema tão tematicamente previsível quanto de alguma forma irresistível, com os seus protagonistas solitários num percurso autodestrutivo que se transforma numa análise incisiva não só sobre várias questões socioculturais - neste caso relacionadas com a política externa norte-americana e o vício (e os vícios) do jogo e do "
american way" - como uma metáfora sobre a vida, o humanismo e o purgatório, os passos dados em falso que comprometem toda uma caminhada. Oscar Isaac com material para provar-se como um dos mais competentes e interessantes actores da actualidade, numa tentativa de redenção filmada de forma exímia por Schrader, mesmo quando este parece não saber bem em que direcção desenrolar a história.
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