Regresso feliz de uma série que tinha perdido o brilho nas últimas duas temporadas de vida na Flórida. Nove episódios de alto calibre, perto do melhor que a Showtime já nos tinha oferecido com esta personagem, com novas dinâmicas relacionais, familiares e sociais aliadas a toda uma nova envolvente e uma nova identidade. Foguetes lançados demasiado cedo, calma. Quase tudo estragado com um episódio final - o décimo - escrito em cima do joelho, sem talento nem audácia para fazer um build-up sentimental, lógico e credível para o momento chave que encerra a temporada. Nada contra o "propósito" de fecho definitivo de um ciclo, mas o impacto desse mortal encarpado inesperado não chega para disfarçar tal desleixo na forma como quase todas as personagens saltam para o trampolim no último episódio. Batista, que vinha a caminho, fica esquecido no mapa, Harrison muda radicalmente o sentido da agulha na sua bússola emocional e, pior que tudo, Dexter perde o norte com um assassinato desnecessário e de justificação risível. Ficam as memórias de uma personagem icónica da história da televisão e Clancy Brown, mais um vilão bem conseguido e trabalhado na longa lista de psicopatas que Dexter enfrentou. Agora deixem lá o miúdo em paz e não inventem nenhum spinoff.
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