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Carrie" foi não só o primeiro grande sucesso comercial de Brian de Palma como a primeira adaptação cinematográfica de uma obra literária de Stephen King. A primeira e talvez uma das mais bem sucedidas, talvez culpa, ironicamente, do orçamento limitado que obrigou o realizador norte-americano a conseguir arrepiar e surpreender o espectador não com grandes e caros efeitos especiais mas com vários toques magistrais de realização, de entre os quais destacam-se a forma como a câmara vagueia pelo salão de festas pré-massacre, o magnífico split screen naquele que se tornou no mais famoso baile de finalistas da história do cinema, a cena inicial no balneário das raparigas e a sequência final de sonho, na altura uma artimanha que ainda não era vulgar. Duas nomeações aos óscares para duas interpretações do arco da velha - a de Sissy Spacek e a da monstruosa Piper Laurie como mãe absolutamente tresloucada e ultra-religiosa da jovem Carrie - e vários significados escondidos em torno da religião, da adolescência e da maternidade. Obrigatório e intemporal.
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