Ponto de partida curioso com o planeta a sair do seu eixo de rotação normal, um elenco "alternativo" de luxo - Murray, Driver, Swinton, Sevigny, Buscemi, Glover, Iggy Pop e Tom Waits, entre outros - e um realizador que normalmente gosta de trabalhar longe das zonas de conforto de outros. Cinematografia interessante - aquele fumo preto que sai de cada zombie após as decapitações, sem qualquer razão aparente, dá identidade própria ao universo de mortos-vivos criado por Jarmusch - e meia hora inicial em que o tom cómico meio zonzo funciona. E pronto. Depois é repetir a mesma piada vezes sem conta, desaproveitar por excesso de tolice - Swinton - e por defeito de tempo de ecrã - Selena Gomez - uma mão-cheia de personagens, até tudo soar a uma anedota cansada, sem alma. Jarmusch parece não saber o que fazer com a história, para onde levá-la e como encerrá-la; e, por isso, aposta na táctica da pescadinha de rabo na boca. Se estão à procura de uma comédia de zombies, "
Shaun of the Dead"
it is, amigos.
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