"
Esta coisa de ser macho é sobrevalorizada", diz-nos a personagem de Eastwood a certa altura deste "
Cry Macho", qual declaração de redenção de uma vida e de uma carreira. "
Gran Torino" encontra "
The Mule", com uma narrativa pouco credível - a jovem mãe exótica líder de um gang cheia de vontade de levar um idoso para a cama revela-se um devaneio completamente despropositado e ridículo -, diálogo demasiado preguiçoso e um conjunto de interpretações - principalmente do miúdo - que roça a vulgaridade. Sabe bem ver o velho Clint no ecrã em boa forma física e mental no alto dos seus noventa e um anos, mas este exercício de contemplação cinéfila crepuscular - o fim enquanto actor/realizador está inevitavelmente próximo - não apaga a falta de chama e de coerência deste neo-western tão saudosista quanto banal.
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