A dançar de forma tão efusiva a Macarena queriam o quê? Realização sóbria de Eastwood, papelão do normalmente secundário Paul Walter Hauser, Sam Rockwell tão subtil quanto eficaz e Kathy Bates, bem, Kathy Bates a ser Kathy Bates, infalível quando chamada a brilhar já bem perto do fim. Já as personagens de Jon Hamm e, principalmente, de Olivia Wilde, parecem rábulas construídas em torno da mensagem política e sensacionalista que Eastwood pretendia passar em torno da promiscuidade entre agências governamentais e o jornalismo. Falta-lhe alguma audácia na dúvida que cria para o espectador não familiarizado com a história em causa, mas ainda assim, mesmo neste piloto automático que tomou conta do cinema do velho Clint, eis uma experiência curiosa sobre um herói americano tornado vilão pelos media, sedentos de descobrir a verdade primeiro que quem de direito.
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