Percebe-se a nomeação de Olivia Colman a melhor actriz principal para a próxima edição dos Óscares, mas a verdade é que "
The Lost Daughter", enquanto filme, é uma mão cheia de nada. Três linhas narrativas que não levam a lado nenhum - os "gregos" que parecem vilões mas nunca fazem nada que justifique tal fama, a personagem completamente aleatória e redundante do Ed Harris e a doença misteriosa da protagonista -, um acto central que molda todo o percurso das personagens - o roubo da boneca - sem qualquer tipo de explicação ou fundamento coerente - "
não sei porque o fiz, sou uma má pessoa" e um suposto acontecimento passado trágico na praia de uma das filhas, que surge em flashback, que afinal não passou de um susto sem consequências graves. A mensagem parece clara: ter filhos é o cabo dos trabalhos; mas a forma como Maggie Gyllengaal monta a história, edita as imagens e trabalha as personagens é tão atabalhoada e ominosa, que até o raio de uma ilha grega transforma-se numa paisagem sem qualquer traço de personalidade. Maggie, gosto mais de ti à frente da secretária do que atrás da câmera.
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