As formigas, meu Deus, as formigas. Aventura na realização do conceituado designer gráfico Saul Bass - responsável por alguns dos cartazes e title sequences mais icónicos da história do cinema, de Hitchcock e Preminger a Kubrick e Scorsese -, este "
Phase IV" é um desastre narrativo que mostra rapidamente ao que vai nos primeiros dez minutos: longos planos de imagens macroscópicas de formigas a vaguear de um lado para o outro e uma narração meio National Geographic aqui e ali, qual voz do além que anuncia a chegada de um apocalipse provocado por uma nova espécie de formigas super inteligentes, capazes de comunicar com humanos através de fórmulas matemáticas e geométricas. Minha nossa. Não é bem terror nem drama, é mais um sci-fi perdido na sua própria audácia, um que resistiu ao tempo mais por curiosidade cinéfila em torno de Bass e Lynne Frederick - modelo e actriz britânica viúva e herdeira de Peter Sellers que faleceu durante o sono aos trinta e nove anos - do que por mérito próprio de uma história completamente atabalhoada, ainda para mais mexida e remexida pelo estúdio em pós-produção contra a vontade de Bass. Que, claro, desculpou-se com isso.
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