Pai é quem cria. Inspirado no seu próprio passado - cresceu em Londres num orfanato antes de se mudar aos vinte e um anos para os EUA -, Charles Chaplin criou o seu próprio género de comédia cinematográfica, um que ainda hoje tem os seus traços característicos físicos bem vincados na cultura popular moderna, dos pés chatos à cartola. Mas o que muitos ignoram é a emoção e subtileza humanistíca de muitas das suas obras, entre elas este "
The Kid", a história de uma mãe solteira que se vê obrigada a abandonar o seu bebé e do vagabundo que acaba por cuidar dele. Há uma certa ambiguidade moral presente nos momentos mais criativos - como, por exemplo, partir janelas de desconhecidos para assim lucrar com o seu arranjo - que nos permite não só soltar alguns sorrisos como questionar temas relacionados com a paternidade, a religião e a justiça. Passou um século, mas este "
O Garoto de Charlot" continua intemporal.
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