O que mais fica desta (mais uma) exploração à paranóia comunista que imperou nos EUA e em Hollywood durante o Macarthismo na década de cinquenta é a maravilhosa abertura com imagens a preto e branco ao som de "Young at Heart", de Frank Sinatra. Volta no fim, juntamente com aqueles parênteses tão profundos e significativos que acompanham os nomes de Martin Ritt, Walter Bernstein ou Zero Mostel, todos eles nomes "banidos" da indústria durante este período. Depois é Woody Allen menos esquizofrénico, neurótico e enérgico do que o habitual - não menos eficaz na mensagem, mas claramente menos divertido -, num filme que se arrasta na previsibilidade sempre com tom ambíguo até ao portentoso "
f*ck you" final perante o comité de investigação. Importante, mas demasiadamente contido.
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