Estreia de Mel Brooks na realização e logo a meter o público e o mundo a rir-se de Hitler. Uma dupla que se proclama "
incrivelmente culpada" no que à química diz respeito - Zero Mostel e o então falido Gene Wilder - e um misto de tons e géneros humorísticos que nunca deixam este "
O Falhado Amoroso" - não consigo honestamente perceber onde foram buscar qualquer tipo de fundamento ao filme para esta tradução - cair num só registo. Não é sátira, não é musical, não é slapstick. É um pouco de tudo e um pouco de nada, entre os delírios nervosos de Wilder e a panca nazi do alucinado Kenneth Mars. Falta-lhe alguma imprevisibilidade narrativa, talvez até algum peso dramático que contrabalançasse o regabofe de amor geriátrico e um dos Hitlers (Dick Shawn) mais ousados da história do cinema. Ainda assim, mantém-se fresco e não há como não ficar fascinado com a produção de palco de "Springtime for Hitler", a tal que deixou a plateia em choque e os produtores em êxtase pouco antes do fatídico intervalo. Não precisam de comentar, estou simplesmente a escrever um texto retórico.
Sem comentários:
Enviar um comentário