Rapaziada nova: esqueçam o triplo X de Vin Diesel. A agente XXX que interessa apareceu nos anos setenta: a estonteantemente bela Barbara Bach na pele da Major Amasova do KGB. Cooperação "estreita" numa relação de constante amor-ódio com o comandante mais atiradiço do MI6. Tão atiradiço que atirou a matar no grande amor de Amasova logo a abrir o filme, numa ousada sequência de ski com paraquedas ao barulho. Narrativa muito mais madura, com um enredo mais sério de espionagem e melhor equilíbrio entre géneros, tornando-o, muito provavelmente, no menos pateta dos capítulos Bond de Moore. Cenografias arrojadas, gadgets que nunca mais acabam - o icónico Lotus branco que se transforma em submarino/barco -, a primeira aparição de Jaws, uma Bond Girl usada com respeito - e igualdade - numa dinâmica de espiões e não meramente como objecto de desejo e sedução, o Nilo e as pirâmides de Gizé e, por fim, Stromberg, vilão "da Atlântida" de recursos infinitos, dono e senhor de um dos mais deliciosos headquarters de toda a saga. Alguns espinhos: a necessidade incompreensível de usar slow motion no laboratório do Q, a batalha final entre tripulações, a luta muito mal coreografada com Sandor e o quase total desprezo por essa entidade chamada... Moneypenny. E os Açores? Coitados, ainda hoje estariam a sofrer as consequências daquelas explosões nucleares no meio do Atlântico.
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