Envelhecer é uma treta, ainda para mais para quem vive com a dúvida de que o seu grande amor ficou perdido no passado. Quantos de nós? Juntemos a isso duas interpretações soberbas assentes em quinze páginas de ideias de Duplass e não num guião tradicional, aquele mood a preto e branco que torna tudo muito mais melancólico, sete dias de filmagens intensas em constante improvisação e não há como resistir à química tão real quanto credível entre Paulson e Duplass. A história não arrebata nem surpreende por ai além - até nisso poderia ser a história de qualquer um de nós -, mas a verdade é que tudo na sua simplicidade resulta bem. Poderia muito bem ter caído nos caminhos pouco cinematográficos de uma qualquer peça de teatro, mas nunca mete-se a jeito. Cinema, de sabor autêntico e independente... sob a asa da Netflix. Quem diria.
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