Vida de freelancer não é fácil. Duas questões para começar: a que elemento da ficha técnica pertencia aquele fato de sadomaso - Francisco Lopes, não vale mentir - e o que raio é que o lendário apresentador da televisão pública açoriana Emanuel Medeiros andou a fazer no meio do Atlântico com sémen de cachalote? Sou um fã confesso dos visuais, das paletes de cores, da sonoplastia, dos temas musicais e da irreverência dos filmes de Francisco Lacerda e este "Freelancer" é um bom espelho de todas essas suas qualidades e decisões enquanto realizador. O arranque de vómitos não me convenceu por completo - demasiado simples e gratuito -, mas entre o quarto solitário e o casamento orgásmico, tudo explode para aquela dimensão maravilhosa onde sonhos, pesadelos e a psique criativamente demente de Lacerda brilham: despedimentos que podiam ter sido piores, quase suicídios, testículos de cachalote, sexo anal com bestas armadas com uma blica capaz de assustar o africano do Whatsapp e o riso de Francisco Lopes. Venham muitos mais, meus coriscos!
Sem comentários:
Enviar um comentário