Angela Bennett, Jack Devlin e os Pretorianos. Tudo nomes que estranhamente resistiram um quarto de século no meu imaginário cinéfilo, sem nunca evaporarem-se no meio de tantos outros. Culpa provavelmente das dezenas de vezes que isto passou na televisão no final da década de noventa, mas também de uma Sandra Bullock em ponto de rebuçado no período auge da sua carreira. A internet prevista como um "novo preservativo" para a sociedade, numa previsão tão natural para os experts de então quanto visionária para a maioria do público que pouco ou nenhum contacto tinha com a World Wide Web. Entre calhamaços e gráficos arcaicos, o filme de Irwin Winkler envelheceu com algum charme e uma mensagem cada vez mais pertinente nos dias que correm: a dependência da sociedade nos conteúdos informatizados em rede. A nossa vida está de fio a pavio em computadores e nem vale a pena pensarmos muito nesta nossa dependência digital identitária. Mais vale apreciar Bullock como uma mulher à frente no tempo, a testar a versão beta de Wolfenstein 3D com a primeira lareira screensaver de que há memória. Thriller mais do que competente, na estreia de Jeremy Northam em Hollywood. Para rever, qual cápsula de tempo, todas as décadas.
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