Mike Judge, o pai dos idiotas que, afinal de contas, mesmo sendo comprovadamente parvos, estavam era muito à frente do seu tempo. Um autocarro de convento com uma única freira negra - que bonita homenagem a Whoopi Goldberg - num estilo, tanto narrativo quanto visual, que primeiro estranha-se mas que aos poucos se entranha. A busca por uma televisão, esse Santo Graal da imbecilização das massas, numa odisseia repleta de enganos e percepções erradas que servem de areia para cimentar toda uma faceta de crítica sociocultural na qual Beavis e Butt-Head são figuras de proa. Único filme de Judge que não foi um flop nas bilheteiras, até porque quase todos os que o seguiram - excepção feita, mas não totalmente, a "
Office Space" - tentaram simplesmente dar forma humana e real ao mesmo conceito. Já anda por aí uma sequela, no universo, que terei que agarrar mais cedo ou mais tarde.
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