Durinho. Mãe e filha na vida real partilham a mesma ligação na tela, o que juntamente com um trio de interpretações infantis de altíssimo - e de certa maneira inesperado - calibre e uma cinematografia e sonoplastia cuidada conferem ao filme do norueguês Eskil Vogt toda uma ânsia e angústia provocatória que dobra constantemente a fronteira do expectável - ou diria até mesmo do aceitável - num misto de drama sobrenatural em torno dos desafios e incógnitas que polvilham o amadurecimento de uma criança. Bússola moral desorientada, visualmente desconfortável - miauuu - e poucos convencionalismos em torno de temas tão sensíveis quanto a amizade ou a curiosidade natural de uma criança. Faltou pelo menos um pouco de teoria, lógica ou explicação em redor dos poderes, mas fica o retrato cruel sobre o poder de os ter em tão tenra idade. Carrie, amiga, ao menos tu aguentaste até ao baile de finalistas.
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