A FIFA é corrupta e o Qatar só foi escolhido como anfitrião do próximo mundial devido a subornos de todos os tipos, a vários níveis políticos, federativos e governamentais. De Sarkozy a Mandela; de contratos de gás natural a ligações aéreas directas; de trocas de favores a compras de clubes endividados como o PSG. Informação dramática... mas nada surpreendente. Bastante óbvia até, mas sabe sempre bem vê-la ser exposta desta maneira, com entrevistas a vários denunciantes - os chamados whistleblowers -, com registos áudio originais provenientes das investigações do FBI, com provas factuais e inegáveis da pouca vergonha que durante várias décadas esteve instalada nos seis cantos do mundo - as seis confederações continentais que dividem os votos nas mais diversas votações/eleições da FIFA. Quatro episódios meio desorganizados, num constante vaivém temporal que não faz grande sentido na construção do enredo de corrupção global e que raramente aproveita o verdadeiro poder do futebol - aquele que foi e continua a ser jogado dentro do campo pelos seus mais importantes protagonistas - para envergonhar ainda mais todos aqueles que o viciaram e o perverteram fora das quatro linhas. Porque é a paixão que gera raiva... e raramente a sentimos nestas quatro horas. E devíamos.
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