O carisma de Clint Eastwood, o talento de Amy Adams e uma história simples em torno dos obstáculos colocados pelo envelhecimento e de uma relação pai/filha conturbada que não condiz com o amor que ambos sentem um pelo outro. Tudo com o beisebol como pano de fundo - são assim os melhores filmes "desportivos", os que sabem manter a acção no campo em segundo plano, evitando embaraços de credibilidade - e um realizador estreante (Robert Lorenz) que durante décadas foi um dos braços direitos de Eastwood - produtor e realizador de segunda unidade - em Hollywood. Esse conforto relacional de proximidade pode por vezes ser confundido com uma espécie de piloto automático em vários momentos, mas parece-me mais justo apontar alguma falta de inspiração num guião que confia demasiado nos actores para conseguir brilhar. Um rom-com de outros tempos nos tempos de hoje, um cavalo cansado que ainda assim nunca fica pelo caminho. Vamos ter saudades de Eastwood e de como tudo parece funcionar de forma tão simples em torno dele.
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