Keaton era um génio. Espargata à Van Damme? Não, à Keaton. Manuais de montagem do IKEA? Não, da Portable House Company. A coordenação e os timings - a casa que cai sobre si exactamente no espaço livre de uma janela -, a astúcia e audácia física - a cena da escada em queda -, a casa rotativa na tempestade, o tecto trampolim, a instalação da chaminé, o escrever invertido num tapete, o salto da porta superior qual desenho animado do Coiote e do Papa-Léguas, as imagens em reverse do lançamento de um martelo e o criar de expectativa nos espectadores com a possibilidade destes verem umas maminhas de uma rapariga na grande tela. Tanto, mesmo tanto, com tão pouco. Ideias pioneiras umas atrás das outras. E humor, daquele que resulta. Passaram mais de cem anos e descobrir a obra de Keaton continua a ser mais refrescante do que meter os olhos em cima de quase tudo o que foi feito nas últimas cem semanas.
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