Turbo Drive e Bob Marley, qual Sunny e Cher, numa dinâmica tão tosca quanto irresistível. Um carro todo esburacado e partido que atravessa o país em direcção a Los Angeles sem levantar qualquer suspeita, um rocket launcher - recuso-me a dizer lançador de foguetes, parece coisa de festa da aldeia - triplo que deixaria o Commando orgulhoso, um disparo mortal de bala com um dedo, a melhor cena de sempre com lightsabers fora do universo Star Wars - botas nas mãos e venham eles -, pancadaria extremamente bem coreografada - daquela em que cada pontapé faz voar um mauzão cerca de três metros -, a mini cozinha com mais tachos e panelas de sempre, chicotes, bares intergalácticos com vilões do motocross e uma cena deliciosa com uma motosserra. Talvez o melhor Dacascos de sempre, qual Tony Stark dos chineses, o John Pyper-Ferguson, qual Kid Rock com pinta de mauzão, e a Brittany Murphy com a personagem mais tresloucada e inexplicável dos anos noventa, de hormonas aos saltos por salpicão negro. Quase tudo bom menos o final que não encerra nada, não recompensa a fuga, não reaproveita as amizades feitas pelo caminho, não enche os bolsos a quem merece. Quase como que a pedir por uma sequela que nunca veio, por um novo filme deste Steve Wang que ninguém sabe o que é feito dele.
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