Exercício de subtileza, repleto de nuances, como é exemplo disso mesmo o primeiro Hannibal Lecter - aqui Lecktor - cinematográfico, um Brian Cox que precede a interpretação icónica e extravagante de Anthony Hopkins com semelhante frieza e confiança sinistra. Um "fado" dos dentes - dou conta agora que não existe um masculino para fada, pois não?!? - como assassino em série calmo, funcional e metódico - ou seja, o total oposto do Buffalo Bill que ainda estava para apresentar-se no "
Silêncio dos Inocentes" - e a cinematografia estilizada e soturna inconfundível de Dante Spinotti, colaborador italiano habitué de Michael Mann. Há uma certa sensação de luto, agouro e raiva reprimida constante nas imagens e na banda-sonora do filme de Mann que não se explica; sente-se e aproveita-se.
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