A realização é tosca - já tinha achado o mesmo do "
Earthquake" deste Mark Robson -, o tom indeciso - ora temos o treino repleto de momentos patetas com sonoplastia cartoonesca a acompanhar, ora temos dramalhão do rapaz que é demasiado pobre para conseguir ser feliz -, o cartaz é básico que dói, a edição premiada com um Óscar só acerta passo já no segundo acto - nos primeiros vinte minutos, ficamos duas ou três vezes com a sensação de que não vimos algo que devíamos ter visto para perceber uma cena, sendo o exemplo mais flagrante a suposta compra de um restaurante - e, perdoem-me a heresia, até o Kirk Douglas é demasiado pintarolas numa personagem que, muitas vezes por culpa das expressões faciais exageradas do homem de queixo saliente com covinha mais mítico de Hollywood, não consegue ser levada tão a sério como devia. Os demónios do passado, as mulheres do presente, as ambições desmedidas para o futuro, tudo em jogo numa história simples, mas eficaz, em que a Ruth Roman provava estar um nível acima de todo o restante elenco.
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